Índia - Nova Delhi

Chegamos em Nova Delhi às 04:00 da manhã. Vôo cheio, aeroporto movimentado (depois fiquei sabendo que assim como o Cairo, por exemplo, a madrugada é o horário de maior movimento no aerporto daqui). A ansiedado do grupo, formado por agentes de viagens e jornalistas, era grande. Salvo por nossa anfitriã, diretora da operadora Raidho, todos estavam pisando em solo indiano pela primeira vez.

Antes deste viagem lí o que pude sobre o país e sobre os locais que ia visitar. Tentei me preparar bem para o que veria, pois a imagem que eu sempre tive da Índia era do mais absoluto caos... Tentei ir preparada para o pior, pois o que viesse de bom seria lucro.

Chegamos na rua para esperar nosso ônibus e já fiquei impressionada com a humidade do ar e o calor abafado que fazia naquela hora da madrugada. Minha mala tinha gotinhas de água em cima. Enquanto aguardava via alguns indianos indo pegar um dos tantos meios de transporte local: um tuc tuc. Fiquei pensando como seria encarar uma viagem com mala, cansaço de viagem e tudo mais naquilo alí...

Nosso ônibus chegou, e no trajeto até o hotel (The Park Hotel ** depois vou colocar uma lista de todos os hotéis visitados no site, e caso alguém queira meus comentários sobre cada um deles, é só pedir) encontramos vias ainda vazias, pouco trânsito, mas uma mega obra do novo metrô da cidade, que irá ligar o aeroporto ao centro, à todo o vapor. Não deu ainda para ter idéia do que seria a grande surpresa da Índia.

Chegamos ao hotel um tanto quanto cansados, pois tínhamos passado o dia em Istambul, viajado toda a madrugada e já sairíamos do hotel às 09:00. Depois de colares de flores, drink de boas vinda e etc podemos ir para os quartos para dormir por umas duas horas.

Na manhã seguinte nem foi problema acordar, pois a curiosidade, a ansiedade em ver o que era realmente a Índia nos despertou. Saímos e vimos uma cidade verde, muito verde, movimentada, com áreas de avenidas largas, com um trânsito bem tumultuado, mas ainda não tão caótico quanto imaginávamos. Muitos riquixás (puxados por bicicletas), uma infinidade de tuc-tucs, e todos os demais meios de transportes. Onde estavam as vacas? Não vimos as vacas. Sinaleira vermelha? Poucos respeitam. Ainda, mão inglesa.

Fomos direto à Mesquita de Jami Masjid, imponente, com grandes cúpulas de mármore preto-e-branco, construída em 1656. Ela chega a acomodar mais de 20.000 fiéis em determinados dias de orações. Dali se pode ter uma bela vista da cidade, com o Forte Vermelho ao fundo. Na saída da mesquita, nossa supresa: um riquixá nos esperava para um passeio pelas ruelas da Velha Delhi. Uau! Isso sim é adrenalina... Esqueçam as montanham russas.. Aqui a gente não sabe o que vai acontecer no próximo segundo. Ruelas estreitas, fiação aparente (que dizer, isso é elogio!). Um emaranhado de fios por todos os lados, que fazem os gatos brasileiros parecerem obras de arte, gente vendendo de tudo, pessoas comendo junto à vendedores de comidas de rua, saris coloridos, jóias. Nosso motorista passava, corria, ultrapassava, buzinava**... Nos restava rir, e aproveitar.

** Buzinar - provavelmente o primeiro verbo ensinado nas escolas. A primeira lição para quem quer dirigir no país. Pisca para ultrassar? Pra que? Buzina-se. Em uma quadra, em 100 metros de estrada... umas 20 buzinadas!!!! Não, não é brincadeira. A buzina é uma instituição nacional na Índia.

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